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domingo, 22 de novembro de 2009
Recordando...
Era assim a vista que eu podia desfrutar do muro da minha casa, na Pederneira.
Na colina, o chamado Casal dos Cucos era enquadrado por pinhal e no sopé erguia-se a chaminé do Forno de tijolo, que tinha adjacente a barreira e o pequeno lago que aparava as águas que dela escorriam. Era a matéria prima do último forno deste género existente na região da Nazaré e zona limítrofe e que foi destruído pelos implacaveis desígnios da Economia.Os esforços desenvolvidos na altura, por gente atenta para salvar e preservar este património industrial,foram em vão.
Nem a chaminé ficou para assinalar o local como se fez com a fábrica da telha, desactivada mais tarde.
Do mesmo modo foi destruída, para um fim que se julga ser digno mas que requeria outra localização, a pequena casa da família Paiva,de traça estremenha e que enquadrava perfeitamente a pequena ermida, também ela já um pouco mutilada na sua feição medieval.Quem a vendeu não pertencia à família Paiva pelo sangue, e o dinheiro fala sempre mais alto, sobretudo se for pago por uma obra que se considere de interesse público.
Esta paisagem já só é possível admirar em fotografias,eventualmente, e de certeza em registos como este que se apresenta.
Na colina, o chamado Casal dos Cucos era enquadrado por pinhal e no sopé erguia-se a chaminé do Forno de tijolo, que tinha adjacente a barreira e o pequeno lago que aparava as águas que dela escorriam. Era a matéria prima do último forno deste género existente na região da Nazaré e zona limítrofe e que foi destruído pelos implacaveis desígnios da Economia.Os esforços desenvolvidos na altura, por gente atenta para salvar e preservar este património industrial,foram em vão.
Nem a chaminé ficou para assinalar o local como se fez com a fábrica da telha, desactivada mais tarde.
Do mesmo modo foi destruída, para um fim que se julga ser digno mas que requeria outra localização, a pequena casa da família Paiva,de traça estremenha e que enquadrava perfeitamente a pequena ermida, também ela já um pouco mutilada na sua feição medieval.Quem a vendeu não pertencia à família Paiva pelo sangue, e o dinheiro fala sempre mais alto, sobretudo se for pago por uma obra que se considere de interesse público.
Esta paisagem já só é possível admirar em fotografias,eventualmente, e de certeza em registos como este que se apresenta.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Exemplos a seguir
"Nazaré toda branquinha/ está noivinha p'ra casar..."
Se bem me lembro esta era umas das modas cantada pelo Rancho 'Tá-Mar, exaltando a brancura do casario, em planos de luz e sombra, enquadrado pelo azul do céu e o frio verde do mar.
As casas eram modestas e simples, mesmo as mais "aburguesadas". Não se ultrapassava muito o canon do Homem como medida de todas as coisas;as cores das barras eram neutras,discretas, mesmo o azul e o ocre não berravam, nem feriam a vista como agora.
Mas, nesses tempos remotos, a maioria das pessoas também era simples e de fracas posses, não havia lugar a grandes demonstrações de estatuto social. Uma simples casa térrea no bairro dos pescadores era um bem inestimavel; sempre era melhor que uma barraca no Casal dos Cucus ou num qualquer ponto afastado do pinhal...
Agora as casas do bairro dos pescadores são vivendas sofisticadas e o Casal dos Cucos é uma amálgama arquitectónica... É ver quem constroi a casa mais bizarra ou a mais tradicional,com dois ,três e mais pisos, num terrreno com acentuado declive, que deveria ser ocupado em "socalcos" discretos, de forma ordenada e sem que os edifícios pareçam ir cair sobre nós a qualquer momento.
Não sou arquitecta mas sei distinguir um bom exemplo de arquitectura que é inovadora e actual mantendo a simplicidade e a traça da arquitectura tradicional.
Não há muitos exemplos na Nazaré, mas felizmente ainda há bom gosto, discreção sem pretensiosismo.
Cilalouraço
Se bem me lembro esta era umas das modas cantada pelo Rancho 'Tá-Mar, exaltando a brancura do casario, em planos de luz e sombra, enquadrado pelo azul do céu e o frio verde do mar.
As casas eram modestas e simples, mesmo as mais "aburguesadas". Não se ultrapassava muito o canon do Homem como medida de todas as coisas;as cores das barras eram neutras,discretas, mesmo o azul e o ocre não berravam, nem feriam a vista como agora.
Mas, nesses tempos remotos, a maioria das pessoas também era simples e de fracas posses, não havia lugar a grandes demonstrações de estatuto social. Uma simples casa térrea no bairro dos pescadores era um bem inestimavel; sempre era melhor que uma barraca no Casal dos Cucus ou num qualquer ponto afastado do pinhal...
Agora as casas do bairro dos pescadores são vivendas sofisticadas e o Casal dos Cucos é uma amálgama arquitectónica... É ver quem constroi a casa mais bizarra ou a mais tradicional,com dois ,três e mais pisos, num terrreno com acentuado declive, que deveria ser ocupado em "socalcos" discretos, de forma ordenada e sem que os edifícios pareçam ir cair sobre nós a qualquer momento.
Não sou arquitecta mas sei distinguir um bom exemplo de arquitectura que é inovadora e actual mantendo a simplicidade e a traça da arquitectura tradicional.
Não há muitos exemplos na Nazaré, mas felizmente ainda há bom gosto, discreção sem pretensiosismo.
Cilalouraço
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