A "Liga dos Amigos da Nazare" é uma associação sem fins lucrativos, constituída em 15 de Maio de 1956, é alheia a credos políticos e religiosos e tem como principais objectivos, a defesa e valorização do património cultural e natural, a conservação da natureza, a união de todos os amigos da Nazaré, a promoção e valorização das suas belezas naturais, artísticas e folclóricas, assim como da sua tradição e etnografia".




Sede

R. Dr. Rui Rosa, 6A (loja) 2450-209 Nazaré

contacto: liganazare@gmail.com

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Exemplos a seguir

"Nazaré toda branquinha/ está noivinha p'ra casar..."
Se bem me lembro esta era umas das modas cantada pelo Rancho 'Tá-Mar, exaltando a brancura do casario, em planos de luz e sombra, enquadrado pelo azul do céu e o frio verde do mar.
As casas eram modestas e simples, mesmo as mais "aburguesadas". Não se ultrapassava muito o canon do Homem como medida de todas as coisas;as cores das barras eram neutras,discretas, mesmo o azul e o ocre não berravam, nem feriam a vista como agora.
Mas, nesses tempos remotos, a maioria das pessoas também era simples e de fracas posses, não havia lugar a grandes demonstrações de estatuto social. Uma simples casa térrea no bairro dos pescadores era um bem inestimavel; sempre era melhor que uma barraca no Casal dos Cucus ou num qualquer ponto afastado do pinhal...

Agora as casas do bairro dos pescadores são vivendas sofisticadas e o Casal dos Cucos é uma amálgama arquitectónica... É ver quem constroi a casa mais bizarra ou a mais tradicional,com dois ,três e mais pisos, num terrreno com acentuado declive, que deveria ser ocupado em "socalcos" discretos, de forma ordenada e sem que os edifícios pareçam ir cair sobre nós a qualquer momento.

Não sou arquitecta mas sei distinguir um bom exemplo de arquitectura que é inovadora e actual mantendo a simplicidade e a traça da arquitectura tradicional.
Não há muitos exemplos na Nazaré, mas felizmente ainda há bom gosto, discreção sem pretensiosismo.
Cilalouraço

2 comentários:

  1. Nunca cheguei a viver na Nazaré, mas o simples facto de ter nascido no Sítio e da minha família materna ser da Pedeneira, onde passávamos o tempo sempre que podíamos e as festas/feriados/férias deixavam, faz-me alimentar com orgulho o sentimento de pertença à vila e à cultura nazarena.
    Por isto mesmo, é com tristeza que vejo o crescer duma Nazaré completamente descaracterizada a nível urbanístico e arquitectónico, feita só de cimento e betão, sem espaços verdes, como se fosse monopólio dos interesses económicos de alguns, que nem sequer conseguem perceber que assim estão a pôr em causa o próprio futuro turístico da vila. Porque se antes, um dos principais pontos de atracção era precisamente a tipicidade das casinhas, agora reina a desordem e o caos, que em nada têm de apelativo. E um turismo sustentável não se pode basear somente em 3 meses de sol e praia!
    Daqui o meu apelo ao bom senso e à visão de futuro dos responsáveis autárquicos, principalmente ao Sr. Presidente da Câmara Jorge Barroso.

    Sara Louraço Vidal

    ResponderEliminar
  2. Estamos de acordo e essa é também a nossa luta.
    A Nazaré é ainda rica de várias facetas de Património que devemos descobrir e preservar.
    Contamos com todos os que se preocupam com estes assuntos e têm conhecimentos para colaborarem connosco.
    Obrigados pela participação construtiva. Ficamos à espera de sugestões.:)

    ResponderEliminar