Era assim a vista que eu podia desfrutar do muro da minha casa, na Pederneira.
Na colina, o chamado Casal dos Cucos era enquadrado por pinhal e no sopé erguia-se a chaminé do Forno de tijolo, que tinha adjacente a barreira e o pequeno lago que aparava as águas que dela escorriam. Era a matéria prima do último forno deste género existente na região da Nazaré e zona limítrofe e que foi destruído pelos implacaveis desígnios da Economia.Os esforços desenvolvidos na altura, por gente atenta para salvar e preservar este património industrial,foram em vão.
Nem a chaminé ficou para assinalar o local como se fez com a fábrica da telha, desactivada mais tarde.
Do mesmo modo foi destruída, para um fim que se julga ser digno mas que requeria outra localização, a pequena casa da família Paiva,de traça estremenha e que enquadrava perfeitamente a pequena ermida, também ela já um pouco mutilada na sua feição medieval.Quem a vendeu não pertencia à família Paiva pelo sangue, e o dinheiro fala sempre mais alto, sobretudo se for pago por uma obra que se considere de interesse público.
Esta paisagem já só é possível admirar em fotografias,eventualmente, e de certeza em registos como este que se apresenta.
Sede
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